15 de novembro de 2025

Quarta, quinta, sexta, sábado

Quarta-feira, 12 de novembro. Farei legumes salteados. Fiz legumes salteados. Escrevo sobre comida porque é hora da janta. Estou aos poucos voltando a assistir filmes (séries desisti por ora). Há nos favoritos do navegador uma página do Mubi de CURTAS e outra SAINDO EM BREVE. Curtas porque é pá-pum e a segunda porque acho meio palha o sistema de exibição do site, às vezes fico sabendo de títulos apenas porque anunciou-se a saída. Mas aí não é muito diferente de qualquer outro streaming. Falando nisso, assinei o Filmicca de supetão porque apareceu promoção e eu não resisto, sou facinha mesmo (não sou nada). Gostei de cara porque não tem sistema de notas nem review, é título, capa, ano e duração. Nem diretores são destaque. Aprecio demais saber de menos.

Quinta-feira, 13 de novembro. Cheguei do trabalho, tomei chimarrão, comi pipoca. Fui na farmácia da esquina, como toda esquina de qualquer lugar, e comprei paracetamol, antialérgico, antisséptico. Não me cortei nem estou espirrando mas eventualmente essas coisas acontecem então estou preparada. Existe a dor de cabeça, espero que logo passe.

Lavar roupas é para ser tarefa simples. Recolho o cesto de roupas sujas do banheiro e também todas que espalhei pela sala, cozinha, quarto, abro o tambor frontal e jogo tudo lá. Sabão líquido e amaciante, modo rápido, secar 30 minutos. Por algum motivo os dias vão passando e as pilhas subindo e eu vejo tudo mas não me mexo. Tomei um paracetamol, liguei a máquina. Daqui 1h12 vai tocar a música.

Terminei de ler Frankenstein da Shelley. Achei muito bom etc e tal. Fiquei pensativa sobre a autora, uma novinha nepobaby culta e ricaça. Queria ser ela. Vi o filme homônimo de 1931. Fiz macarrão, desliguei as luzes da cozinha, acho que vou dar play nesse novo aí.

Sexta-feira, 14 de novembro. Desci a rua rumo à padaria que foi ficando mais chique ao longo dos anos. O dia foi todo quente mas tive que colocar um casaco para conter o vento que fica alegrinho quando cai o sol. No caminho me transportei para algum outro lugar, memória inventada, futuro, sei lá. Vi algumas casas com luzes de natal, observei janelas a dentro, senti vontade de comprar luzes de natal também. Ainda não quero pensar nas coisas que essa época sempre leva a pensar. Comprei salgadinhos fritos de festa, sextou, amanhã é feriado e não trabalho. Ontem vi 15 minutos de Frankenstein, o novo, e hoje pausei faltando 45. É filme demais, nem precisa de tanto.

Sábado, 15 de novembro. Acordei tarde, tomei banho e depois café da manhã na cama enquanto lia My year of rest and relaxation da Ottessa Moshfegh (por indicação). Almocei churrasco no asilo em que meu tio é voluntário e fui com meu pai até a restauradora encher o carro de estátuas de santos diversos que foram remendados e então devolvidos à igreja do lar de idosos. Sabadaço. Voltei, ar-condicionado ligado, dormi.

Eu como muito saudável durante a semana então resolvi me dar o luxo de comprar besteiras que prefiro não dizer para servir de janta. Anoiteceu, peguei a cadeira de praia, sentei debaixo do pé de pitaya (tem uma pombinha com ninho nele!!!) e tomei chimarrão. Os gatos ficaram na volta rolando na grama, principalmente o Hector. Quase me senti em paz aqui, sentimento estranho. Terminei de ver Frankenstein. Achei pau mole.

bolsa baguete com estampa de limão siciliano
foto de cima de gato laranja na grama

A bolsa eu fiz algum tempo atrás. É o mesmo tecido da necessaire feita de teste (e tenho usado muito). Desse retalho também saiu uma capa para a máquina de escrever. O vestido florido era da minha mãe. O tênis, por muita sorte, recebi do entregador cinco minutos antes de sair correndo para pegar o trem de saída de Toulouse rumo Marselha. Hector é lindo.

29 de outubro de 2025

Halloween e outras coisas

Vou começar por outras coisas. Mais cedo passei no mercado sem muito motivo, quis comprar besteiras. Levei tomate cereja (comecei bem), um vinho de R$ 19,90, uns salgados questionáveis, um salgadinho mais questionável ainda (aqui degringolei), dois bolinhos de cenoura (melhorou). Espero que os salgados não me deem azia, o vinho eu disfarcei com uma pedra de gelo. Ridículo esse clima, chove, venta, faz frio. Coloquei cachecol, capa de chuva, como se agora fosse outono e o natal, já logo aí, tivesse neve. A panela de pressão faz tch-tch-tch, tô imitando receita da Ana Zambrin em versão reduzida, se der certo faço para meu pai também. No ouvido toca Etran De L'Aïr e de leitura comecei Frankenstein da Mary Shelley. Queria ver o filme do Guillermo del Toro no cinema mas aparentemente não vai passar em Porto Alegre, que desgraça.

Nossa, a comida ficou uma delícia. Vou tentar comer sem sujar o teclado. Fiz um purê de batatas pra acompanhar.

Não sei se eu gosto do que escrevo aqui. Vou jogando frases, falando sozinha, sem muito nexo. Tenho evitado olhar para trás, para frente. Olho para o pé, descrevo o chão, o agora, sem pensar muito. 

Agora, halloween. Bem que eu queria ser pouco mais criativa, ou ousada, sair com uma fantasia de canudo plástico gigante como vi passando em algum feed por aí. Poderia inventar história, mas no fim eu só queria qualquer motivo pra deixar minha franja bonita no lugar porque meio que minha personalidade depende disso. 

Outro dia, antes da mente colapsar (ó lá o drama), ouvia Getúlio Abelha enquanto trabalhava. Seguiu tocando relacionados e um deles era Potyguara Bardo, de onde veio a ideia (depois disso a ladeira desceu pros metais e adjacentes). Elf, But Make It Goth. Comprei as orelhas e esse negócio das mãos e um batom preto. Acho que arrasei, quero acreditar nisso, VÁRIAS pessoas (três) na plataforma do trem vieram elogiar. Elfa pobre existe!!! Enfim. As Fotos Da Festa Ficaram Ótimas.exe, não fiquei bêbada, desci a Borges chorando e peguei o trem de volta pela manhã.

halloween - elfa gótica

O vestido que usei é o mesmo que fiz para meu aniversário, segue sem fotos. Para combinar fiz uma bolsinha muito da charmosa na tarde antes de ir para a festa. Essa ainda não fiz fotos, talvez em breve faça. E também talvez eu tenha visto RuPaul's Drag Race e Project Runaway demais aí qualquer festa é sempre um DESAFIO que invento algo para fazer de última hora, como se alguém fosse perceber e colar uma estrelinha na minha testa. Amanhã levanto cedo, vou lá dormir.

Fun fact: fiz essa montagem maravilhosa no famoso programa Paint. 

21 de outubro de 2025

Cozinhar, ler, dormir

Estou fazendo torta de frango, o recheio já estava congelado, aí é fácil. Vi um bolo de aveia com cenoura e maçã no youtube que vou tentar reproduzir. Tenho tudo em casa, mas não vai ser hoje, que logo logo desmaio e durmo. A energia é bem limitada à noite. Comprei um kindle verde e uma capa rosa e agora leio Mother night do Kurt Vonnegut. Vou ser sincera, só baixei (é pra isso que comprei um kindle) porque a nota era alta no goodreads (em 2016 essa foi minha rede social favorita e agora talvez volte a ser). 

Rede social favorita. Que coisa engraçada. Eu só quero sumir de todas. Espero que minhas bugigangas da shopee cheguem a tempo. Vai ter halloween. A assombração era real — aqui em específico quero ser enigmática. O queijo tava em promoção, eba.

Ano passado eu estava comprando queijos e vinhos nos carrefour da França. Lençol algodão 300 fios na Primark por 15 euros. Show sozinha, rolê em castelo. Sei lá. Outra vida.

Meu letterboxd tá vazio. Último visto foi o turco Time to love no mubi. Não sei se o tempo está para amar. Sei que vai ter sol durante toda a semana. Foi só escrever isso que enquanto jantava vi The goat, um mudo com Buster Keaton. Nunca tinha visto nada com ele mas já avistei fanbase do short king por aí. Matrioshka de sopa: postei sopa, a xis viu e fez sopa, eu li que fez sopa aí fiz sopa de novo, sem registros. Mas agora tá calor e sem tempo pra amar.

time to love